2 de ago. de 2014

Cemitério de sentimentos


O amor... essa coisa imprevisível.
Ontem valia a vida, hoje é só saudade.
O silêncio brota dos canteiros onde foram plantadas esperanças,
Dores escorrem dos lábios que ofereciam sorrisos adocicados.

O amor, o erro mais tolo entre todos os erros todos.
A eternidade mais breve, a chama mais veloz, o buraco mais profundo.

Era tão importante, lembra?
Um suspiro, uma palavra, uma poesia, uma fotografia?
Então chega o futuro e o futuro rouba todos os arco-íris,
E nós olhando para o teto deitados em nossas camas distantes.

O amor e toda sua perfeição em mãos ásperas como as minhas nunca sobrevive muito.
Nós não sabemos amar, nós somos ilusionistas deslumbrados com as próprias mágicas,
Ignorando que tudo é um efeito especial deslumbrante.
Mas ignore, ignore o apelo insandescido do meu peito: 
amar é minha busca primordial, não a sua.


18/07/2014