Nos sonhos, sempre
A busca, a luta, a súplica
Pelo porto, pelo lar.
Os braços como paredes,
Envolvendo, abrigando.
As janelas como olhares,
Iluminando.
As portas como sorrisos abertos,
Sinceros.
A alma florida, feito jardim.
A fé, então,
Pequena, mirrada, preciosa.
Os joelhos ao solo,
Implorando, implorando,
Misericórdia, Pai!
Minha voz te alcança?
O fim do temporal,
O canto dos pássaros,
O desabrochar completo.
Porém, não ainda,
Não ainda.
O céu envolto em pesadas nuvens,
Um aguaceiro sem fim.
Alvoradas estranhas, com luzes cansadas.
O peito vulnerável, fechando,
Emudecendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário