São ainda tempos estranhos
Chega a ferir a profundida do azul desse céu de outono
No entanto, é um incômodo santificado
Pois abaixo dele
A florista dava conselhos sobre a vida e o amor
Ao homem de espírito alquebrado
Que buscava orquídeas para sua amada que partiu
E quando o azul se fez breu
A sobriedade propôs sutil trégua
Os suaves passos de dança
Os abraços amistosos
O passar suave das horas
A boa música sobre pequenas e grande vitórias
Tudo dizendo que talvez a vida não fosse assim tão terrível
Como sempre, nos sonhos, a fuga
Mas nessa vez eu consegui escapar
Do mundo que sucumbia a forças exóticas
E havia uma alvorada
Uma rua iluminada pelas últimas luzes artificiais da noite
Uma palavra
Uma proposta
Um sorriso não visto
Alguém disposto a não desistir
Uma chance
Um talvez
Quem sabe?
De nascer de novo.
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