14 de dez. de 2014

Oásis


Pra onde vai, Esperança?
Quem nesta terra de sertão te chama pelo nome?
Apenas diga, depois vá...
Voe, como criança pura e pássaro inocente.
Você é meu melhor, e meu melhor não me pertence.

Eu sei que nunca morreu,
Pois o Amor que te alimenta vem de fonte inesgotável.
Pode ser envenenada por mão mentirosa, 
Mas a água cristalina rebrota, rebrota e jorra límpida de novo.
É como canção infinita: pode desritmar, mas não termina é nunca!

Vem noite, vem dia, vem calmaria, tempestade de verão...
Mas a morte não toma meu peito, não.
Bebo do cálice até a última gota,
Pois a última gota é doce e cura o amargor e o veneno
Das tantas gotas que a precederam. 

Vai esperança, faz ninho, faz morada,
Depois manda notícia.
Teu silêncio é que me apavora,
Teu riso e teu choro,
Não.