26 de fev. de 2011

O mesmo brilho de outrora

As esperanças me confundem.
Apenas em meus velhos medos pareço me reconhecer.
Tudo soa fútil; erros, acertos e sacrifícios.
Se eu alçasse meu tão sonhado voo,
Eu ainda seria capaz de me lembrar do que tanto tenho necessitado fugir?

Do passado, lembranças e mentiras disputam minha paz,
Enquanto minhas lágrimas secas deixam uma trilha tortuosa em minha face.
E tão dolorido é renascer e morrer todos os dias.

Minha alma aparenta cansaço...

Mas lá no fundo... bem no fundo,
Meus olhos ainda mantém o mesmo brilho de outrora.
Lá no fundo, uma parte tão bonita de mim ainda crê.

Ainda sente.
Ainda canta.
Ainda planta.

É noite morna; águas bailam na fonte luminosa.
Observo com meus olhos mareados...
É pela fé de alguém que aquelas luzes estão ali.

Então sente também a luz, pequena semente de poeta.
Digo...
E chore sorrindo junto de suas canções, mais esta vez.
E liberta tuas dores, eterno menino...
Elas carecem partir.