24 de fev. de 2011

Ao jovem jardineiro

E o perdão veio 
quando pela primeira vez segurou-se nas mãos em forma de papel?
Que diferença faz?
Tuas flores desabrocharam,
E o Jardim já pode ser fechado.
Errastes como nenhum outro.
Mas acredito que também amastes mais que muitos.

És livre! Como sempre o fostes sem saber.
E és feliz! Como jamais havias sido.
Então, segue os conselhos de Cora:
Continua fazendo de tua vida mesquinha,
Um poema.

E teu passado, apenas um alicerce.
E o futuro, aquele que guarda asas maiores.
Recomeça, pobre jardineiro de outrora.
Nasça quantas vezes achar por bem.
Há tantos lábios, tantos aromas...

Agora, vá às estrelas.
Não te satisfaças mais com o brilho dos vagalumes.
Deixa letárgica tua terra negra.
Agora, seja mais vento que flor.
E tente sorrir, bem mais que chorar.