13 de dez. de 2016

Toada do alento


Serão ainda minhas mão só de louvores.
Dos dedos, hoje trêmulos e sozinhos,
Escorrerão apenas carinhos;
Uma fonte pura, cristalina.

A canção bonita vai vir trazendo paz.
Uma fé de carne e espírito,
De homem e deuses.
Feito voz doce de mãe espantando temores.

Já não faltará tudo que falta tanto.
Vai bastar... vai bastar.
A vidinha assim,
Longe dos santos e dos pecadores.

Cirandas sobre as sepulturas das memórias.
Não ter mais passados a assombrar.
Tudo se foi tão bem ido pras bandas do esquecimento.
Morreu o coração, nasceu uma flor.