3 de dez. de 2016

A noite chove


A noite chove.
Escuridões líquidas escorrem dos telhados
Enquanto eu danço com os silêncios
Que torturam minha mente.

A noite chove.
Empoça nas ruas quase mortas
De semi claridades amareladas
Por onde ninguém se aproxima.

A noite chove.
Relâmpagos e aromas adentram
A alma imóvel, esquecida 
Insultam sonhos já adormecidos.

A noite chove.
Dissolve as doces esperanças
Descendo ao âmago morno da terra
Onde repousa um jovem coração.