15 de dez. de 2016

Luz


Os sons do âmago persistirão a vibrar,
Ora intensos, ora tímidos,
Para sempre,
Esculpindo as essências da alma.

Não me esqueço dos tempos de tempestade,
Do frio e dos olhos de medo.
Não me esqueço das estiagens
Que levaram a graça das mais floridas promessas.

Tudo resiste na alma infinda, imensurável.
Ebulições de intensa euforia,
Tardes cinzas e mornas,
Sem vida.

Mas o vento, o sol e o verde lá fora
Faz dos olhos escorrerem morna esperança.
Talvez não venham tempos mais iluminados,
Talvez a luz nunca tenha partido daqui.