Não que houvesse ainda algum espaço para a ilusão
Não que houvesse ainda algum espaço para a esperança
Mas houve uma flor de vermelho intenso desabrochando
Houve uma canção sobre um carro veloz cortando a escuridão
Enquanto em raro momento de uma face bela da vida
Passos lentos em uma valsa calma
E uma chuva leve caindo após a longa estiagem
E um rio morno de promessas tão bonitas
Cruzando um sertão cansado e de pouca vida
Um porto não distante de onde partir e para onde chegar
Nos poucos momentos em que não se navega pelas águas bravas do presente
Que tão
Tão lentamente vai se tornando passado
Então novamente outono
E tantas súplicas pela renovação
E os erros e falhas e perdas
E novas chances
Então novamente outono
E a fé na frutificação.
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