Há também algo de belo nos dias em que a luz se recusa a nascer
Lembro-me dos teus olhos tão vivos
Cheios de verdade e despedida
Das mãos estendidas
Do sorriso límpido
Das mais novas páginas sendo escritas
Formando outro doce triste capítulo
E não pudemos caminhar de mãos dadas pela chuva
Não pudemos...
Mas houveram centenas de pequenos momentos sagrados
Pequenos segundos cristalizados em canções que agora tocam sem parar
Minhas canções tristes que você tanto não gostava
Por não sentir nelas a dor tão bonita que eu sentia
Agora os sinais estão fechados
É momento de breve espera
E sei que logo chove
Há de ser limpa a atmosfera de densas esperanças
Que escorrerão pelos telhados e calçadas
E por nossas ruas que ainda se cruzam
Enquanto levam para longe os passos que deixei enquanto te buscava
O tempo dirá, disse a mim...
Mas eu começo tão bem a voz do tempo
E ela sempre ocoa para cada vez mais longe
Cada vez mais para o nunca mais.
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