8 de out. de 2016

Tão jovens



Somos tão jovens
Para pousar o olhar em memórias
Que ainda nem correm o risco
De caírem no esquecimento.

Ainda somos tão jovens
Para abrigar tanto medo e desesperança;
Falam de um mundo tão grande e bonito
Sobre o qual nunca flutuamos.

Quem será o primeiro a assumir que se perdeu?
Quem será o primeiro a assumir as lágrimas,
Silenciosas e quentes no travesseiro toda noite?
Quem será o primeiro a não querer ser um herói?

Ainda somos tão jovens para pensar no tempo;
Para viver tão consequentemente;
Para ter o coração tão endurecido;
Para ter o coração tão ferido.