6 de out. de 2016
Ao vento
Tanto quanto sinto, resiste.
Este inverso eternamente apaixonado
Por uma primavera meiga, doce,
De perfumes brandos e cores tamanhas...
Bem como a alma:
Esperança e desespero em uma dança infinita.
Sem mais perdedores, sem vencedores,
Viajores confusos,
Aves sem ninho,
Clementes por colo, aconchego, palavra.
Mas apenas vem o vento,
Os salgueiros dançam,
Os poetas ficam em seus êxtases...
Memórias, sonhos, medos.
Ameaçando um último verso
Que é sempre o penúltimo
Porque a vida não deixa sentimentos intactos
Ela salva e condena
Ama e odeia.
Suga nosso tutano
E nos brinda com o elixir da vida eterna.
O coração ainda bate,
Sujo, cansado,
Mas tão belo.
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