10 de out. de 2016

Quem?


Deita um pesado manto de trevas sobre já frágeis esperanças.
Quem ouve nosso grito?
Quem cura nossa dor?
Quem mata nossa fome?

Demônios regojizam-se em suntuosos banquetes;
Nosso futuro servido aos pedaços para saciar víboras.
Quem em nosso socorro?
Quem em nosso nome?

Nos sonhos, o céu ainda é adornado por estrelas,
Por quanto tempo?
O coração ainda bate com a parca fé que resta,
Até quando?

Porcos adestrados sagram ideologias.
Papéis e imagens moldam as mentes vazias.
Bandidos blindados, resguardados.
Quem por nós?