7 de out. de 2016

Deserto



Um aroma que lembra santidade, uma canção, uma memória.
Um poema que se repete e se repete; águas que sobem e chovem.
Um minuto de silêncio por nossos sonhos.
Um minuto de silêncio por aquilo que desistimos.
Um minuto de silêncio por aquilo que desistiu de nós

Não está distante aquela estrada
Por onde passei sorrindo e cantando.
Era o fim de um inverno, o início de uma noite.
O que você não enxergou,
O que você pediu para partir, era meu melhor.

Mais um pouco e sentiremos vergonha das nossas luminosidades.
Até onde você iria por um abraço sincero?
Por uma pequena chama no frio de um deserto noturno?
Mas e se o deserto nunca esteve lá fora?
E se o deserto sempre fui eu mesmo?