7 de abr. de 2016

Nesse mesmo lugar


O mundo ruge... som horrível;
Mas deito nos braços macios, invisíveis, inexistentes
Da eterna poesia da noite, por mais esta vez.

Nunca me perguntei por que não me cansa
A visão das mesmas estrelas...
Talvez, para mim, por serem eternas.

Nunca me perguntei por que nunca terminei uma oração;
Sempre adormeci antes;
Como se Deus já soubesse meu texto, e já me levasse nos braços logo.

O mundo canta... lindo som.
E eu canto junto, mesmo sem vinho, sem tom, sem boa voz.
Canto junto porque cantando é como estar flutuando no mar...

E sim, todos meus sonhos desapareceram...
Uns poucos, realizados, outros tantos, partidos com tanta dor.
Mas eu não disse quantos outros sonhos nasceram nesse mesmo lugar.