18 de fev. de 2016

Caos


O que te levaria a amar meu caos?
Eu sei de toda perfeição que o ronda,
Tanta cintilante promessa,
Como um céu de inverno
Coberto de estrelas de brilho forte e magnânimo.
Que iria querer com a fragilidade das flores,
Perante a eternidade dos astros?

Não é orgulho, te juro.
A alma é simples, como simples é a matéria que a reveste.
É apenas exaustão.
Como ainda ter forças para novas súplicas,
Novos medos, novas humilhações?
Não, eu nunca previ o futuro,
O presente que é suficientemente óbvio.

Mas se agora meu coração fosse ouvido,
Sua voz ainda seria doce e bonita.
Nele insiste em residir luz e paz,
E tanto ainda sorri tentando ofertar seus pequenos milagres.
Nada sei das vitórias...
Mas ele me impede de deixar a batalha.