25 de fev. de 2014
Há em meu peito
Há em meu peito esta rocha que esquenta e esquenta
ao ponto de escorrer pelos poros, não suor,
mas líquido em chamas, lágrimas vulcânicas.
Há em meu peito esta flor delicada,
que desabrocha em noites de atmosfera limpa,
e é sensível ao sol e à chuva.
Há em meu peito a terra boa onde foram enterrados meus avós,
e por isso há o sagrado nele.
Um relicário de honras e memórias.
Há em meu peito um baú de dores aberto
e um baú de felicidades bem trancado.
As dores deixo que apodreçam ao vento, as felicidades deixo preservadas.
Há em meu peito um rugido insano,
um incômodo som de trovão.
É teu nome que chamo.
Há em meu peito canção doce e delicada,
é para embalar teu sono de anjo...
Quero ajudar teus sonhos a velejarem calmos.
Há em meu peito um coração forte,
embora este já não seja meu.
Pois é um coração quase belo, e tudo de belo é seu.
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