18 de fev. de 2014

Como os flamboyants...


É uma pena que os anos passem e nos tornemos consequentes.
É uma pena temermos deixar coisas para trás...
Que doce seria ter a liberdade plena!
Que doce seria não ser apedrejado por meus sonhos tão simples.

A Esperança repousa tão delicada sob a terra do Jardim.
Há chuva, há sombra, há sol, há vento...
Haverá futuro à Esperança?
Dará frutos a esperança?

É uma Esperança tão jovem e cheia de beleza!
Se bem cuidada tão frondosa será, eu posso sentir!
Alta, forte, adornada de cores e chamas!
Como os flamboyants... como os flamboyants.

Nós conhecemos todos os sentimentos.
O Jardim é vasto, como vasta é a alma, como vasto é o céu.
Aqui tudo nasceu, tudo cresceu, tudo morreu e voltou a nascer.
Mas dentre minha flores o medo persiste; erva asquerosa!

Mas o medo não se alastrará por completo.
O medo não conhece o calor do coração dos Jardineiros.
Eu machucarei meus dedos na terra seca, pedregosa.
Porém, as sementes serão plantadas, todas elas, amorosamente.

Eu não subestimo o sol e a chuva,
Eu sei que ambos dão e tiram a vida.
Mas não será subestimado meu Amor às Flores!
Não será subestimado o poder que ele tem de ajudar a germinar a vida.