Banha-me de tuas tempestades e alvoreceres
Acolha meu corpo exitante, minha alma exausta, minha mente em ebulição.
Envolva-me com silêncios e bondades.
Acompanha comigo a derrota do inverno.
Veja como os lábios do sol prometem uma primavera calma e clemente.
Olha-me sem medo, toma-me sem pudor.
Pois minhas ânsias são por tua alma, não por teu corpo.
Sê como agosto, onírica criatura, bailante quimera.
Adornada de florescentes sonhos e reluzentes memórias.
Há pouco, era o fim.
Mas não houve outros prantos, nenhuma saudade.
Apenas minhas lágrimas levaram as mortas flores dos ipês.
Minha alma, feito fragmentos,
Agora veleja suave por ares e mares.
Perdida em seus devaneios inocentes... distante.
Não há pouso, talvez. Remição.
Mas ainda é quente e vibrante,
Ansiosa pelo sorriso que se fez belo e morno como um lar.
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