Toda angelitude é pérfida.
Uma galáxia toda de luzes
Consumidas por uma massa escura,
Uma cratera negra incompreensível.
Não há uma luta entre anjos e demônios,
Pois não resta algum anjo.
O espírito primitivo e insano
É uma besta selvagem.
Mas não é livre.
A imundície esbarra na epiderme,
Não passa.
Devora-me por dentro como um verme odioso.
Oh deuses, oh puros!
Vejo o asco em vossos olhos ao me fitarem.
Como ainda ofertar misericórdia
A este que é tão mais carne que espírito?
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