22 de jan. de 2015

Estrelas mortas


Por instantes quase sorrio para aquele brilho.
Parece o mesmo de outrora, tão vivo.
Cintila como cintilavam os sonhos,
Inocentes e simples.

Mas é um engano.
A luz que enfeitiça meus olhos é falsa;
Tristes estrelas já mortas,
Faíscas distantes de memória.

Talvez nunca tenha sido vista claridade verdadeira,
Mas apenas mentiras reluzindo como verdade,
Através do fogo de uma fé ingênua.
Uma fé que não queima mais.

Ainda assim, volto-me para o negrume silencioso do céu,
Tocando com o olhar cansado aqueles tantos pequenos lumes. 
O firmamento permanece o mesmo de antes do fim,
São meus olhos que perderam o brilho.