24 de jun. de 2016

Sorrio de volta


Ninguém haveria de dizer que não era um quase-amor
Aquele sentimento menino que ria e cantava,
Errava as estradas, tropeçava e ignorava
Lógicas e realidades.

Todo milagre é tão frágil,
Como são as pequenas flores as que mais perfumam.
Havia o instante, fugaz e displicente, mas havia...
E todo instante é a eternidade distraída.

E aquela imagem de um longo abraço,
Um peito aconchegando um espírito cansado,
Era um retrato bonito e impecável
Encontrado ao acaso pelos escombros da realidade.

Ah... Essas pequenas falhas na engrenagem insípida e bruta!
Construímos com maestria o inferno em que nós mesmos habitamos;
Mas às vezes, vezes raras como o oxigênio no maior topo,
A vida esboça um sorriso. E eu sorrio de volta.