10 de fev. de 2018

Tantos adeuses



Te amar carregava a dor de te perder todos os dias.
Você sempre tão belo e reluzente,
Como letreiros da Broadway
Anunciando o próximo grande espetáculo.

Eu continuava meu vagar pelas ruas estreitas
De uma vida estreita,
Mas você já podia flutuar pelas avenidas largas e iluminadas
De um novo belo mundo.

Foram incontáveis adeuses... Meu Deus, tantos adeuses.
A vida já ruiu e se refez tanto,
E de novo: “Adeus, te amo.”

Eu amaldiçoo a felicidade
De ver aquele olhar azul a primeira vez.
O azul profundo onde mergulhei sem pensar
Que nunca mais submergiria novamente.