1 de set. de 2015

Não


Não depois de você. Não depois de tanto. Não depois de tudo...
Foi muito...
Em tão poucos dias.
Um lago, um par de alianças de prata, um olhar tão verdadeiro
Quanto passageiro.
Não.

Sem mais teorias magníficas.
Sem mais a súplica por uma palavra que jamais chega;
Palavras distantes, tão gentis quanto falsas.
Não foi só outro coração esmigalhado,
Outra esperança deixara ao sol de agosto
Para que morresse lenta e dolorosamente.

Foi o amor, entende?
O amor em cada célula do sangue;
Um vírus incurável, imperceptível,
Viajando por todo pensamento e sonho,
Aniquilando todo brilho, toda vida.
Foi o amor, entende? Não.

Não entende...
Agradeça aos céus por não entender, por nada sentir.
No seu peito apenas residiu paixão.
Intensa, fugaz, transitória,
Facilmente substituível.
Aqueles quinhentos quilômetros são nada,
Comparados à indiferença infinita.