22 de set. de 2015

Face



Quero de volta as cartas em letra de mão,
A memória tangível,
Indolor e cheia de carinho.

Faces vêm e vão...
Em vão...
Sem tocar, sem ficar.

Tantos rostos frios,
Transitórios como a felicidade,
Tantos adeuses não ditos.

Não ditos, malditos,
Porque não há do que despedir:
Nada existe, nada existiu.

Apenas movimentos mecânicos e silenciosos,
Como um desabrochar, um nascer de sol,
Uma chuva de verão.

Quero de volta os apertos de mão,
Os sorriso nos olhos,
O coração à disposição.