10 de dez. de 2013

Eu, palhaço



Não preciso ser mais forte que nada, não preciso ser mais belo que nada, não preciso ser mais que nada. Preciso apenas ser eu mesmo, e zombar disto.
Seu pranto se dissolve no meu sorriso.
Minha máscara é a menor do mundo.
Sou mais estado de espírito que Homem.
Sou apenas uma coisa, tanto por dentro quanto por fora: sou infinito.
Sou o prazer do risco torto de maquiagem forte no rosto; sou o único que consegue fazer rir a dor do ser humano.
Não tenho um lindo sorriso, mas nunca deixo de sorrir.
Não tenho poder mágico, mas nunca deixo de fazer sorrir.
Meu espírito é todo de florinhas douradas que são entregues a todos que
cruzam com meu caminho, com meu olhar, com minha alegria.
Aprendi a brincar de viver, brincar de amar; brincar de ser menino, brincar de ser gente grande.
Sou o que atravessa o mundo, mas nunca sai completamente do lugar.
Sou multiplicável.
Sou a pureza que cresceu; a inocência que não aceitou ser perdida.
Meus sapatos compridos e coloridos jamais serão usados para pisar em
alguém.
Minhas roupas brilhantes são pinguinhos de luz na escuridão do mundo.
Meu coração é um pedaço de doce que quanto mais se divide, mais aumenta.

Minha alma é pura felicidade.