5 de jul. de 2016

Poema noturno


Qual o destino das palavras,
Lágrimas vertidas por mãos cansadas,
Soltas, ásperas, pálidas?

Silêncio...
Silêncio absoluto no peito
Acostumado a sinfonias,
A voz dos anjos.

Que difere o mundo chamado real
Do chamado onírico?
Ambos desabam ao mais delicado toque.

Meus olhos insones não brilham,
A beleza, antes seu afago,
Já não reluz...

É noite. Sempre noite.
Mas sem a magia, a doçura,
Apenas a escuridão.