29 de jul. de 2015

Brasas


As memórias permanecem ao alcance das mãos como brasas.
Incapazes de iluminar,
Mas propensas a ferir.
E da mesma forma que a Terra cumpriu sua sina,
Também girei por 365 dias ao redor de algo maior, distante, intocável.
''É inútil!''
Bradam, com razão.
''Não se pode ganhar um jogo perdido...
Não se pode reconstruir um sonho partido!''.

Aprendemos a construir bombas e selvas de pedra;
Aprendemos a decifrar códigos perdidos na imensidão da vida e olhamos curiosos para os cantos sem luz do espaço;
Mas não aprendemos a amar.
Não aprendemos a lidar com a passagem das horas, com as consequências.

Somos crianças... tão jovens.
Carentes de misericórdia e amparo.
Mal compreendemos o que está sobre a nossa pele, que se dirá dos recôncavos da alma!
Somos inocentes.
Inocentes do nosso amor e do nosso ódio.
Inocentes e tolos...
Pois dominaremos as estrelas
antes de aprendermos a dominar nossos corações.