22 de mai. de 2011

Aço e flor (parte ll)


Mas se por acaso, você conseguir me oferecer de volta aquilo que te ofereci,
E se isso me emocionar ao ponto d’eu, por eu mesmo, enxergar ali uma fagulha de esperança nos homens, sinto que ainda poderei ser salvo.
Pois se um dia o sentido da minha vida foi buscar única e exclusivamente o amor, é porque algo dentro de mim é gerador de luz.

Então ajuda-me!

Traga-me uma rosa, um perfume, um nascer de sol.
Traga beija-flores, muitos deles,
E borboletas e a Banda Mais Bonita da Cidade cantando “Oração”.
Dá-me um beijo, que seja apenas um, único, mas que seja de bastante sentimento.
E sorria pra mim e me leve às cachoeiras numa sexta qualquer,
Diga-me que sou amado; eu sei, é egoísta pedir isso, mas diga assim mesmo,
Porque reconheço-me como miserável criatura, mas ainda sim, criatura divina; sei de onde vim.
Acima de tudo, traga-me sonhos, pequenos, grandes, ínfimos ou imensos.
Traga-me acima de tudo sonhos!
E mais por cima de tudo ainda, sonhe junto de mim, ao lado meu.

E abraça-me, abraça-me como meus amigos mais íntimos,
Tão íntimos que já se perderam dentro de mim e já fazem parte d’eu.

Faça-me sorrir, sorrir mesmo que seja num primeiro de junho quando voltarei para o emprego que não gosto.
Mesmo que seja numa segunda-feira modorrenta onde às 5 da manhã terei um despertador desesperado ao lado da cama.

Ajuda-me, por favor, a ser Homem real,
de carne, sangue e olhares.

Então, sintamos-me,

vivo.