É como se houvesse restado um eco de todos os sentimentos que se foram
Uma espécie de epitáfio
Mas ao mesmo tempo
Um prelúdio
De algo que se viveu na superfície
E que lá adiante
Na borda oculta do tempo
Irá ser vivido profundamente.
Este agora em que buscamos alguma beleza no caos
Não é tão diferente de outros agoras que já vencemos
Só que agosto se debruçou sobre um setembro marrom
E venta, e queima, e sufoca... E dói
Doem saudades do que nem foi tão grande e valioso assim
Em outroras seria até pouco
Quem sabe
Menos que nada.
E eu com meus velhos mapas sobre a mesa da realidade
De cenho fechado
Traçando novos rumos até que interessantíssimos
Sobre os mesmos antigos caminhos já percorridos
Contudo, não deixa de ser louvável
O imenso e quase tolo esforço
De lutar contra essa estiagem sem fim
Que aos poucos se apodera também do coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário