29 de set. de 2024




 São 14:18 e eu senti necessidade de dizer que o mundo não está acabando 

Nem vai acabar 

Nem acabou 

Mas um poema me fez chorar 

Porque poemas são como orações 

São puros como uma criança 

Que oferece uma flor 

Ao Criador do Universo 

E de todas as suas coisas.


São 14:20 e eu já soube o que é o amor 

Ou talvez não 

Talvez a gente só criou uma palavra bonita 

Para algo que nunca se alcança completamente 

Mas antes de chegar aqui, eu sonhei 

E quando esteve, foi bom 

E quando partiu, doeu.


São 14:22 e o levantar dos véus só mostram outros véus além 

O que não deixa de ser interessante 

Mas desnudam-se jardins que resistem às estiagens 

Ao fogo criminoso 

Ao ódio que se esperneia por saber que logo 

Não terá mais do que se nutrir.


São 14:25 e pela milésima vez 

Eu plagio o poeta e digo 

"Nada em mim é extinto ou esquecido."

Digo para que nada se extinga ou se esqueça

Enquanto as cortinas balançam 

E o silêncio se faz

E o coração enfim 

Por um instante 

Descansa.

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