São 14:18 e eu senti necessidade de dizer que o mundo não está acabando
Nem vai acabar
Nem acabou
Mas um poema me fez chorar
Porque poemas são como orações
São puros como uma criança
Que oferece uma flor
Ao Criador do Universo
E de todas as suas coisas.
São 14:20 e eu já soube o que é o amor
Ou talvez não
Talvez a gente só criou uma palavra bonita
Para algo que nunca se alcança completamente
Mas antes de chegar aqui, eu sonhei
E quando esteve, foi bom
E quando partiu, doeu.
São 14:22 e o levantar dos véus só mostram outros véus além
O que não deixa de ser interessante
Mas desnudam-se jardins que resistem às estiagens
Ao fogo criminoso
Ao ódio que se esperneia por saber que logo
Não terá mais do que se nutrir.
São 14:25 e pela milésima vez
Eu plagio o poeta e digo
"Nada em mim é extinto ou esquecido."
Digo para que nada se extinga ou se esqueça
Enquanto as cortinas balançam
E o silêncio se faz
E o coração enfim
Por um instante
Descansa.
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