Há pela atmosfera uma claridade perfumada.
Dias dóceis, talvez.
Uma prece, uma canção, uma súplica.
O gentil silêncio.
As pracinhas repletas das luzes de natal;
O coração cansado da espera, mas batendo tão bonito.
E a esperança de que talvez minha voz possa ainda transpassar os telhados, as copas das árvores, fios e edifícios,
E alcançar o céu...
Este céu de nuvens como as da infância,
Jorrando uma luz magnânima,
E deixando tudo abaixo tão magnífico.
Fere, sim, esse não bastar,
Essa linha de chegada que nunca chega,
Esse cume jamais alcançado,
Mas é dezembro e a vida prepara seu simbólico reinício.
O espírito ainda se renova aos sopros suaves da brisa,
O espírito ainda reflete o que vislumbra de sagrado,
Como se não fosse tarde demais.
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