16 de dez. de 2017

16/12


Talvez o amor seja simples.
Como o vento levando as flores de dente de leão
E espalhando pelo campo
E gerando novas sementes de dente de leão.

Talvez o amor seja morno, não quente.
Seja conhecer o sonho do outro.
Conhecer o sonho do outro tão bem
Que num certo ponto é meio que o próprio sonho também.

Talvez o amor não se dê para buscar, 
Mas sim o esperar bater na porta mesmo,
E a porta estar destrancada 
Enfim.

Talvez o amor não tenha morrido
Naqueles bons velhos tempos.
Talvez, talvez porque eu não poderia nunca afirmar,
O amor seja realmente eterno.