13 de jan. de 2014

Mais do mesmo


Nenhuma palavra varou a madrugada que chegara.
Não haverá nenhuma dança no pálido luar desta noite.
As fontes estão secas, o jardim está adormecido.
Os pensamentos permanecem como as estrelas:
Esparsos, perdidos, brilhando muito pouco.

Os sonhos continuam perturbados pela busca infinda ao inexistente.
O coração permanece como uma manhã de primavera ainda coberta pelo frio escuro do inverno.
As flores demoram a desabrochar e tão rápido caem, murchas.
Que seria a felicidade senão uma paixão pelo efêmero?
Com a passagem das horas tudo volta exatamente para o mesmo lugar.