28 de out. de 2013

Capítulo de despedida


Todas as belas esculturas que perambulam por aí já não impressionam meu olhar.
Tudo está muito cheio ou muito vazio, nada está certo, nada está completo, nada se encaixa. 

Fizemos do nosso amor uma guerra silenciosa.
Como todos em algum momento fazem...
E nos achávamos tão diferentes dos demais.
Não somos.
Mesmas dúvidas, mesmos erros, mesmas culpas.
Quem está mais certo? Quem disse mais besteiras? Quem foi o primeiro a desistir?
Somos crianças tolas que mal sabem onde fica o próprio nariz.

Você chega endurecido, depois amansa.
Eu chego confuso, e confuso permaneço.
Devemos virar outra página ou trocar de livro?
Quanto de nós ainda permanece o mesmo?

O velho sonho se tornou uma esperança rançosa.
Talvez apenas mais um adeus, talvez o pior dos adeuses.
Foge da lógica enterrar algo ainda vivo.
Mas estaríamos nós realmente ainda vivos?