5 de mar. de 2011

Poesia de amor ou descendo ou subindo

Pule para a próxima,
Essa é só mais uma daquelas poesias de amor.
Poesia que se encontra em canções vagabundas,
Em guardanapos de botecos de esquina,
Em lábios amargos e mentirosos.

A única diferença,
A pequena diferença,
É que essa é uma poesia de amor de alguém que não ama.
Alguém que nunca amou.

Esse alguém que descartou certezas absolutas por preferir rápidos belos olhares.

Dentre todos os poetas, o autor desta é o mais maldito,
Pois profana a sagrada inspiração, profana o divino instrumento de Lispector. Profana o amor.
Pois amor é Porta Aberta, de onde se entra e se sai.
Mas aqui há gozo apenas pela própria dor,
como Sísifo rolando a pedra para o alto do morro,
para vê-la rolar morro abaixo, depois levá-la ao topo novamente,
assim por diante...