O tanto que foi dito e tudo o que permanece sem o contorno físico das palavras
Parece pouco, menos que nada
Diante do não poder segurar alguma mão
E trazê-la ao peito
Para que seja um escudo, uma armadura, uma cura.
Chove como nunca,
Mas permanece flutuando na atmosfera tudo aquilo que o tempo transforma em pó,
Enquanto aqui embaixo o ar é tóxico,
Os caminhos são esburacados,
A espera tem o gosto do infinito.
Então de novo as ondas
E de novo
O mergulho
A imensidão silenciosa
Preenchida e completamente vazia como se fosse possível;
Água turva onde estão dissolvidas esperanças e causas perdidas.
Ainda assim a algo ou alguém emitirá orações
Confusas missivas advogando por um espírito que se partiu
Rogando por uma misericórdia que se sabe não merecer.
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