7 de mai. de 2022

 

Aquela mensagem desbotada no alto do caminhão, a quem passava:

"Acredite!";

O homem correndo com um botão de rosa nas mãos, com um pequeno laço esvoaçante ao vento,

Um gesto de doçura, 

Talvez para uma mãe cansada

Ou para um amor delicado;

Um olhar ligeiramente mais profundo, 

Meu nome em finos lábios gentis...

Talvez fosse Deus,

Do Seu Misterioso e Santificado jeito,

Provando aos meus sentidos,

Ao meu espírito,

Que a brutalidade dos tempos que passaram,

E que insistem em permanecer,

Não pôde dizimar todas as pequenas esperanças,

Os pequenos milagres,

E estes brotam pelas frestas dos dias amenos,

E florescem aos poucos,

Colorindo, 

Aquecendo,

Salvando...

E meu coração deixa de se esconder,

Por um momento,

Deixa de doer,

Por um instante,

E me responde:

"Sou grande, 

E permaneço forte ainda."