9 de ago. de 2011

É o meu?



Chovem cinzas suaves do céu de cobalto,
Em algum lugar corações consomem-se em chamas.

É o meu?
É o meu que se desprendeu do peito de vez e alçou voo por essa madrugada que acaricia seus amantes?
É o meu que, envolto em suas labaredas divinas, flutua insano sobre a cidade; sujando suas ruas, quintais e jardins com os medos que vêm sendo incinerados?

Pois deve ser... danado que só,
bem que ele deve ter ido ao encontro de sua razão de pulsar.
Deixo, ligo não. Tem que ir mesmo.
E nem é tão longe, não é mesmo?