Cai a chuva
Mãezinha
No dia dedicado a ti
Do céu
Dos olhos
A água santa escorre sobre as feridas
Sulcos profundos no solo das almas ressequidas
Ansiosas por uma floração que parece nunca chegar
Como ovelhas desgarradas
Rogamos teu amor e misericórdia
Mesmo sendo nós
Os que colocamos o teu filho amado no madeiro cruel
Ainda sim
Nos oferece Teu manto sagrado
Para enxugar lágrimas que não cessam de cair
Bendita é tu, cheia de graça
A quem os anjos se curvaram a pedir permissão
Antes do teu ventre abrigar a maior das luzes
Tende compaixão destes teus outros rebentos
Ainda tão pequenos e tão mesquinhos
Mas que um dia serão dignos
De ao menos olhar para ti.
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