4 de nov. de 2017

Eppure sentire


Ainda são aqueles mesmos céus de cobalto.
Ainda buscamos o alto esperando que as cores chovam,
Esperando que as saudades se dissolvam,
Que o pranto sorria de lábios amargos no final.

Mas é longa e silenciosa a inquebrável distância.
Do velho lar, ruínas jazen
Como miragens só tocadas na memória.
Tanto tempo... e ainda un senso di te.

Se ao menos a chuva caísse poderosa mais uma vez
E devolvesse o secular brilho das estrelas calmas
E a canção fosse esquecida finalmente,
Adormecendo a vontade, adornando a claridade...

São apenas pequenos e gentis sonhos,
Pontiagudas e reluzentes esperanças,
Nunca mais revividas outras vez, nunca mais.
E mesmo com tudo... mi sento ancora.