18 de jan. de 2017

Enquanto não amanhece



Tamanha inocência
A saudade daqueles caminhos
Que nunca foram de fato dos meus passos.

Tamanha tolice temer o futuro
Que em tudo será como o passado;
Novos maltrapilhos dias.

Frágeis cintilâncias...
O sonho que é resta
É ter de volta o sonho.

E é tão cedo para manter o olhar
Tão mais ao chão que às estrelas.
Só que chove, chove.

Pesados escombros
Escondem as relíquias da alma.
Apenas vozes fracas vêm do fundo.

Tantas missivas de socorro sem resposta.
Vamos poupar os dedos, as palavras,
Adormecer até o retorno do sol.