6 de dez. de 2015

Não mais



Estariam certos os cientistas ou os magos?
Saberiam da verdade os poetas ou os lúcidos?
Sem entender, todos os dias olhei para o mesmo céu,
Esperando a repetição do milagre, da ilusão.

Minha alma se alimentou do amor nunca antes conhecido.
Uma luz inigualável, magnânima.
Minha alma serviu de alimento para uma indiferença voraz.
Uma escuridão plena, silenciosa.

Mas é finda a majestosa obsessão.
A esperança voou pela mesma janela
Por onde um dia adentrou.
Parte, enfim, o que foi chamado de amor.

Só olho mais uma vez na velha direção
Para dizer ao eco surdo da noite
Que cumpri minha promessa.
Ainda estou vivo.

Só olho mais uma vez na velha direção,
Enquanto danço sozinho,
Para dizer, por minha vez, à minha paixão pela dor:
‘Eu não posso mais!’