29 de jun. de 2017

Janelas quebradas




Estes olhos de agora,
Insones, desalumiados,
Mostram pouco ou menos que nada
Da verdadeira alma
Da qual são as cansadas janelas.

Por trás destas vidraças sujas,
Embaçadas, quebradas,
Há um céu tão limpo,
Tão profundamente azul,
Onde podemos flutuar sem medo, sem direção.

Além da superfície,
Multiversos inatingidos, intocados.
Sonhos mágicos, leves e belos,
Onde somos jovens e livres.

Memórias e esquecimentos
Adornam um labirinto infinito,
Onde dançamos com os limites do tempo,

Livres de sombras e escuridões movediças.