11 de fev. de 2024



Rogava pela luz, e a luz aos poucos se fez 

Às vozes todas, às gargalhadas 

Uma resposta silenciosa 

Os ombros em riste 

Não o medo 

Não desta vez

É passado o tempo das sombras

E a alvorada arrebentará o horizonte em luzes magnânimas 

Fará-se o novo tempo acima do velho 

Fará-se boa nova pelos abismos do espírito 

E se impossível o voo

Que haja o caminhar 

Se impossível o caminhar 

Que rasteje-se caminho afrente 

Mas seguindo, seguindo 

Sem desvios, sem atalhos, sem dúvidas 

Até que se bata na sagrada porta

E ela se abra 

Deixando transparecer o primeiro dos novos dias.