23 de abr. de 2022

 



Ainda que sem existir,

Em algum sonho,

Você vem ao encontro,

E ilumina,

O que de Belo insiste em não partir.


E meu coração cansado

Reflete esse lume vago 

Que se dissolve sobre o solo faminto 

Por onde caminham displicentes utopias,

Antigos adeuses e sonhos sem voz.


Quando desperto então há um resquício de calor

Por entre os dedos feridos por cavar a terra quase estéril...

E não que seja o bastante,

Mas esse pequeno sopro de pureza

Ainda é capaz de me fazer sorrir.