Nas
noites após a chuva e durante a lua cheia, as aleluias tomavam contas do ar,
como pequenas fadas perdidas em uma terra desconhecida. Giravam em torno das
luzes, feito nuvens douradas, leves como o ar.
Talvez
viessem do outro mundo para também sentir o sabor da noite.
Eu
fechava os olhos e ouvia a aquele bater de centenas de asinhas, sentia o
perfume da noite de ar tão puro, tão limpo, e o silêncio se fazia em uma canção
que só eu podia entender.
Hoje,
andando pelas ruas vazias, fechando os olhos e deixando os passos serem guiados
apenas pelo coração, eu tenho a certeza que aqueles eram tempos não apenas
mágicos, mas santos. Tempos em que tudo cumpria um papel sublime de fazer da
Terra um pouco do paraíso.
E
a Terra era. Realmente era.
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