Embora tudo, pelas imensas avenidas de chão rosado pela florada dos ipês, eu observo um fio muito sutil, mas forte, de algo que poderia ser esperança, ou talvez até paz.
É sim um tempo de estiagem, as friagens e os adeuses ainda roubam a luz e o calor dos corações,
No entanto, a manhã de domingo em que se desperta como riso abundante das crianças, o canto dos pássaros e o cheio do café fresco me faz pensar nos tempos em que havia fé nos anjos, nos santos, no amor, na poesia.
E não sei se são passados esses tempos de milagres, não sei se anjos, santos e poemas ainda têm algum poder de curar essas terras enfermas, mas sei que algum tipo de amor resiste, porque é ele que faz as crianças sorrirem, os pássaros cantarem e os ipês florirem.
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