Meu nome repousa no leito de um rio de esquecimento junto a tantas outras pequenas coisas deixadas para sempre;
Apenas os ferimentos que também causei flutuam na superfície, visíveis.
E já não resta nenhuma das flores cultivadas e oferecidas; jazem descartadas como as promessas, como os anseios, como a tola esperança.
Talvez seja pelo céu coberto de cinzas, pela estiagem que parece nunca ter a gentileza de um fim; talvez seja pelo acidente com uma fotografia; e pequenos estilhaços quase perigosos de dias sepultados são levantados de suas tumbas pelo mesmo vento inclemente que a tudo encobre de poeira e nostalgia.
Não era nada tão grande para doer como doeu - eis o pior.
Era apenas o mundo desabando e tornando qualquer abrigo um imenso palácio,
Mas ainda que este abrigo fosse uma armadilha,
E os dentes de ferro tenham deixado marcas profundas,
Era um abrigo.
Contudo, como se de algo soubesse, eu dizia à atenta e forte moça que tudo estava imerso em um inexplicável milagre, e tudo, todos os movimentos, todas as palavras, todos os gestos; tudo era uma resposta de gratidão.
Então junto ao vento sopro as jovens assombrações de volta ao seu repouso. As canções tristes findam e a noite morna reina soberana e quase silenciosa.
É tarde para quaisquer saudades,
É cedo para viver de lembranças.
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